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A caminho de oshkosh, dia 2: Bozeman – Minneapolis

A combinação  da alta temperatura junto com a elevada altitude de Bozeman, fez efeito considerável na performance do cessninha, principalmente na decolagem. Ainda que esperável a sensação era de que tinha alguma coisa errada com o motor. Com uma razão de subida medíocre, em alguma hora finalmente atingimos a altitude planejada de 9500 pés, para logo depararmos com uma cadeia de nuvens aproximadamente no mesmo nível. Tive que descer para nível de voo 5500 pés. Ótimo, pensei. Daria pra ver melhor o chão que passava lá em baixo. Mas o que tem para ver entre os estados de Montana, Dakota do norte, do Sul e Minnesota? Bem, tem plantação de milho, de trigo, de milho também. Não muito além disso, melhor foi admirar (e temer) as formações de cumulus nimbus que se formavam ao norte da nossa rota. Como piloto de parapente aprendi que essas nuvens com nome engraçado podem ser belas mas nunca estão para brincadeira. Escolhemos para reabastecer no aeroporto de Hettinger que fica no meio de uma plantação que devia ser de trigo, ou de milho. Apesar dos ventos de través com rajadas de até 18 náuticas milhas, pousei com segurança naquela pista que tinha uns rolos de feno decorando a paisagem. Abastecemos na bomba self-service e quando parecia que não existia uma alma viva naquele lugar, você acha que apareceu alguém? Não, ninguém. Como numa cena de filme bati na porta do hangar onde se lia office, nenhuma resposta. O vento era constante e alimentava aquela nuvem gigantesca, espessa e escura a norte do aeroporto. Do outro lado o céu era azul e o sol brilhava forte. Abri a porta e fiquei dizendo helloo e ouvia de volta o helloo ecoando pelo hangar que tinha um avião agrícola e muitas coisas velhas inclusive uma máquina que dizia vender coca cola por 50 centavos. E não e que a latinha saiu!? Uns 30 minutos depois enquanto fazíamos os cálculos da próxima rota, uma caminhonete chegou e ao contrário dos filmes não era nenhum assassino apenas um simpático senhor perguntando se estava tudo all right e se precisávamos de carona para ir ao vilarejo, dissemos que não e o garantimos que não enfrentaríamos aquela tempestade do norte, nossa rota era paro o oeste, e era melhor partir logo pra continuar com nosso voo visual. Agora mesmo estamos sobrevoando Minnesota, o Felipe é o piloto em comando desse trecho, por isso aproveito e escrevo enquanto o ajudo a olhar trafego, e conferir esporadicamente os checkpoints(referências no chão pra navegação) e refazer cálculos de tempo e combustível. Quer saber o que tem lá em baixo? Tem umas plantações. Teve ser de milho, (ou de trigo).

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