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Por que a Glória Maria me disse que eu voltaria diferente?

Um dos preços a se pagar para viver viajando é a saudade, como eu disse nesse post. A primeira vez que eu viajei foi para trabalhar em uma estação de esqui por 4 meses na esquina do Pacífico congelante dos EUA. Foi a primeira vez que eu vi como esse sentimento pode apertar. Por mais que eu estivesse vivendo o meu sonho, conhecendo a neve, aprendendo a esquiar, fazendo minhas primeiras amizades internacionais, eu não deixei de viver meus momentos de introspecção.

Voando pelas montanhas de Minas Gerais

“Minas não tem mar. Minas tem montanhas, matas e tem céu. Minas não tem mar. Lá, quem quiser tem de aprender que o mar de Minas é em outro lugar. O mar de Minas não é o mar. O Mar de Minas é no céu, pro mundo olhar pra cima e navegar sem nunca ter um ponto onde chegar” RUBEM ALVES

As vezes quando eu estava sozinho no topo da montanha, observando a paisagem mais bonita da minha vida até então, a saudade vinha na forma de lágrimas nos olhos. Eu nem estava longe tanto tempo assim, mas a vontade de ver e abraçar minha família, meu cachorro, meu travesseiro era grande. E a saudade brotava de várias outras formas também, até por coisas que eu não costumava gostar, como feijão. E o sol então? Ah o sol, com todo o seu calor. Como pode eu já ter reclamado da suadeira que ele gerava?

Com o tempo a saudade não necessariamente diminui, mas a gente aprende a lidar melhor com ela.

Voltar para casa é o clímax da valorização do que é seu, todas essas coisas cotidianas que geralmente não damos muita bola começam a fazer um novo sentido na vida. A gente volta aprendendo a ver o mundinho onde a gente cresceu com novos olhos. Glória Maria me disse que quando eu voltasse da minha longa viagem pela Ásia eu voltaria não necessariamente melhor, mas diferente. E estou certo que a maior diferença está no olhar. É como se pudéssemos tirar um filtro e ver tudo colorido quando antes só podíamos ver preto e branco. É parte do processo de abrir a cabeça como dizem os clichês de viagem.

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Amyr Klink soube como ninguém por em palavras esse processo: “Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”.

Muitas vezes a gente não apenas enxerga diferente, mas a gente vê coisas que sempre estiveram ali, mas nunca tínhamos notado. Toda vez que visito Belo Horizonte, minha cidade natal, por exemplo eu me surpreendo ao ver uma montanha num trajeto que eu costumava fazer todos os dias, mas nunca tinha notado. Como pode? Uma montanha, umas árvores gigantes, uns edifícios (do Oscar Niemeyer por exemplo) que nunca mudou de lugar, mas que eu nunca tinha percebido.

Me surpreendo até com o óbvio. Minas Gerais é famosa por suas montanhas, sempre fui um apreciador delas. Assim que voltei dos EUA pela primeira vez investi num curso e no equipamento de parapente. Eu comecei a apreciar as montanhas de Minas de uma perspectiva que poucos tem a oportunidade, mas a rotina dos finais de semana, querendo ou não, foi tirando o encanto de sua beleza. Precisei viajar, colocar os voos de parapente de lado para me tornar piloto de avião. Saí lá do Canadá, dois anos depois, voei por mais de uma dezena de países pilotando um monomotor para enfim chegar na minha terrinha e re-descobrir os “mares” de Minas.

Depois de 100 horas de voo – meses na aventura mais espetacular da minha vida, não só pelas paisagens, pelos vulcões nevados, pelas ilhas Caribenhas, mas pelas pessoas que conheci e que hoje fazem parte quase diária da minha vida- eu chegava em Minas, voando baixo pelas suas montanhas, obcecado com as paisagens da Serra do Cipó enquanto tentava me concentrar nas coordenadas dos controladores do aeroporto de Confins.

As circunstâncias fizeram que eu estivesse sozinho nesse voo e por mais que eu ame ter gente ao meu lado compartilhando as experiências bacanas da vida, naquele momento eu queria mesmo estar só para rir como criança, gargalhar e depois chorar sozinho… De alegria por estar terminando mais um desafio, mas principalmente por estar voltando para casa e saber que lá embaixo, no chão firme, estariam me esperando as pessoas mais especiais da minha vida, os responsáveis direto por eu ser quem eu sou hoje, que apesar dos apertos no peito nunca deixaram de me apoiar para seguir os meus sonhos, viajar e ser quem eu sou.

Quase dois meses atrás quando cheguei da Etiópia alguns quilos mais magro, sonhando em comer a comidinha mineira e com a vontade de dar um abraço apertado nessas pessoas tão especiais, a sensação não foi diferente. Não nego que a coceira para viajar de novo já estava quase virando ferida, mas para aliviar acabei dando minhas andanças por Minas, conheci uma cidadezinha aconchegante, Lavras Novas, fiz trilha na majestosa Serra do Cipó, visitei a charmosa Ouro Preto em um de seus festivais mais bacanas, andei de moto pelas harmoniosas serras do Rola Moça, fui pra roça do avô, encontrei e pus as fofocas em dia com amigos do colégio e da faculdade, fiz o voo de despedida no cessnina, PP-BLJ até Brasília. Finalmente conheci nossa capital! Enxerguei com uma nova ótica (de novo) e apreciei ainda mais nossa terra quando recebi dois canadenses (um deles me hospedou em Kuala Lumpur, pelo couchsurfing) durante nossa festiva Copa do Mundo. Vi o príncipe Harry visitando minha cidade!

Parece muito, mas não, tem muita coisa para se ver principalmente nas Minas Gerais e as vezes sinto vergonha por não ter explorado mais ainda nossos chãos. Ontem mesmo uma leitora me perguntou se eu já mochilei por Minas eu quis dizer que sim, mas na verdade o que já fiz aqui é só um esboço comparado com minhas andanças fora do país. A vontade de poder desbravar de verdade, conhecer minha gente, ouvir os causos à beira de um fogão à lenha, comer pão de queijo, tomar “pincomel”, só aumenta. Mas ainda há tempo, é a nossa desculpa de sempre não é mesmo?

Amanhã parto para mais uma aventura pelos Bálcãs e pelas ilhas croatas. Vou ver belezas diferentes, conhecer novas gentes, me encantar ainda mais com o planeta em que vivemos, vou ouvir histórias bizarras, outras tristes, vou aprender sobre guerras, vou ter meus momentos em que eu vou sentir vergonha de ser parte da nossa raça humana. Vou perguntar onde está o amor no coração de algumas pessoas, mas no fim eu vou reafirmar minha convicção de que o ser humano é um ser do bem, que não só nasceu para amar mas para enxergar o amor até quando tudo parece trevas. E claro, a saudade vai aumentar até que eu finalmente chegue em casa de novo e redescubra uma das melhores partes de viajar: Voltar para “casa”.

Segue alguns trechos do voo solo que fiz da Bahia à Belo Horizonte.  Reparem minha alegria de estar voltando para casa! (E como eu consigo dar tchau com a mão para fora da janela, enquanto piloto o avião). Esse foi o último trecho da jornada de voar um teco-teco do Canadá ao Brasil!

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E você já voltou diferente de alguma viagem? Acha que uma viagem longa pode mexer com a gente?

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30 Comentários à Por que a Glória Maria me disse que eu voltaria diferente?

  1. Marina 03/06/2016 at 00:55 #

    Parabéns Gustavo! Incrível, tudo.

  2. Tania 18/11/2014 at 13:59 #

    Essa senhora é muito perua e só vai para os mesmo lugares. Sempre achando que o público é idiota. Detesto.

    • Gusti 20/11/2014 at 14:22 #

      Olá Tania, você tem o direito de achar o que quiser da Glória Maria mas não entendo como alguém pode ir para os mesmos lugares mesmo conhecendo mais de 150 países…

  3. Dani 13/08/2014 at 23:57 #

    Bonito texto!
    Definitivamente viajar é uma das experiências mais transformadoras que a gente pode ter.
    Conhecer novos lugares e conviver com outras culturas te vira do avesso, põe o que você tem de mais íntimo bem ali, exposto, apenas para trocar. Afinal, pra que serve essa vida se não para trocarmos afetividades e conhecimentos, né?!
    E como é bom voltar para o lugar de onde se veio, e descobrir ainda mais o que te constrói.

    Parabéns pelo blog, no qual viajo todas as noites, hehe!
    Nos vemos em algum mochilão por aí
    😉

    • Gusti 25/08/2014 at 19:59 #

      Ei Dani,

      Que comentário bacana! Eu diria mais, para que serve essa vida se não para aprendermos a amar!?

      Por favor, volte e comente sempre!

      Uma braço!

  4. Lilia 22/07/2014 at 23:11 #

    adorei o post!! Nao viajei o mundo como vc, mas tava com vontade de explorar mais o Brasil, talvez no ano que vem!! Bjos e boa viagem!!

    • Gusti 25/08/2014 at 20:25 #

      Ei Lilia! Boa sorte! Que você possa aproveitar bem o nosso Brasil quando tiver a oportunidade!

      Beijos!

  5. Elenir 22/07/2014 at 20:57 #

    Oi Gu, li seu post e mais uma vez me emocionei, admirei….sinto um orgulho tão grande de conhecer uma pessoa tão incrível como vc, uma pessoa que sabe ver e entender as entre linhas da humanidade por mais que essa humanidade seja desumana. Não sinta nunca vergonha de não conhecer os por menores de nossa terra pois a hora certa vai chegar e tenho certeza que com sua bagagem de histórias e conhecimentos entre um cafezinho e outro nós é que vamos lucrar. Tenho certeza que vc não vai voltar melhor nem pior mais vai voltar com o coração diferente e esse sim é o que importa, esse sim vai voltar melhor, e se a gente pensar ele nem precisa melhorar para ser bom. Bj no ♥

    • Gusti 25/08/2014 at 20:28 #

      Poxa! Que bacana ler o seu comentário aqui Elenir! Gostei demais do que vc escreveu! Muitíssimo obrigado!

      Um beijão!

  6. Verônica Bernardes 22/07/2014 at 18:21 #

    Nossa Gust, a sensação de ler seu post é muito boa!!! É como se eu estivesse no seu lugar, passando pelas mesmas sensações e emoções!!! Ainda não tinha visto seu vídeo do seu vôo chegando a BH. Não tem como não sorrir vendo a sua felicidade. Parabéns pelas conquistas. Torço muito pra que tudo dê certo pra você nas suas viagens e que você possa continuar compartilhando esses momentos únicos com a gente!!! Ficaremos com saudades! Ótima viagem! Deus abençoe! E tudo de muito bom!!!

    • Gusti 25/08/2014 at 20:30 #

      Ei Veve! Que bom que você gostou, fico muito feliz! 🙂 Pois é né? Pareço um bobo alegre, mas a felicidade é genuína! 😉

      Um beijão!

  7. Gisele 22/07/2014 at 12:44 #

    Nossa Gustavo! Viajo nas suas viagens…Contando as horas pra me embrenhar pela Asia(ja estou com esta ideia fixa na cabeça ai me vem vc com este comentario da Gloria Maria)…concordo com vc e acho que o que mais muda na gente e o OLHAR…adorei!Bjos e continue postando pq ultimamente minhas viagens tem sido mais nos seus posts do que pelo mundo…o que nao deixa de ser uma viagem pelo mundo…Bjos!

    • Gusti 25/08/2014 at 20:31 #

      Ei Gisele!

      Que bom que tem viajado por aqui, mas espero que possa logo embarcar e aproveitar sua viagem! Para onde você está indo na Ásia? Vai levar o primo?

      Beijão!

  8. Lucas 22/07/2014 at 12:06 #

    Nossa Gusti… lendo seu post, sobre como você redescobriu a nossa terra natal, me faz imaginar como eu a veria (e me sentiria) depois de mais de 3 anos sem ter retornado, além de ter batido aquela vergonha de nunca tê-la explorado devidamente…. sem dúvida eu a veria com outros olhos, pois já não tenho os mesmos olhos que tinha antes. Realmente, uma das coisas que mais mudou em mim depois quase 4 anos de Canada foram os olhos: a forma que eu vejo/percebo o mundo ao meu redor! E esse tipo de mudança, creio que mesmo pouco tempo (vi)vendo coisas novas, já seja o suficiente pra mudar. Basta sair um pouco da zona de conforto, explorar novos horizontes, conhecer novos lugares, novas pessoas, experimentar coisas novas, etc.. Acredito que seja o contato com essas novidades que provoca mudanças em nós. E a primeira coisa que muda deve ser os olhos, pois eles se abrem um pouco mais pra “caber” os horizontes que se expandiram. Acho que é por isso que quando a gente volta pra casa a gente percebe coisas que nunca percebemos antes, pois nossos olhos se abriram e consequentemente a gente enxerga melhor! Esse é um exemplo de mudança a curto termo, mas tem um outro tipo de mudança que se faz com o tempo. Essa mudança começa quando as novidades encontram seu caminho através da abertura de nossos olhos, se alojando no fundo do nosso espirito. Se elas encontrarem lá terras férteis, cheias de reflexões construtivas e pensamentos positivos para se alimentar, elas crescem e frutificam boas mudanças. Nesse caso, o que muda são os nossos conceitos, valores, até mesmo nosso caráter pode mudar, e de forma geral, a tendência é de se abrir, de se tornar menos resistente aos ventos mundanos que sopram em direções diferentes (não boas ou ruins, mas diferentes!) e a aprender a amar a humanidade em sua diversidade. Não precisa nem falar o que acontece quando a novidade encontra terra ruim, né? Simplesmente o oposto. E infelizmente, foi isso aconteceu comigo nos primeiros dois anos meio morando aqui… mas felizmente, consegui mudar o negativo pro positivo com tempo.
    Mudanças são um assunto que me fascina, e se você deixar, eu deixava um comentário maior que seu próprio post! E olha que abreviei demais com a ajuda de metáforas (boas e velhas metáforas que ajudam tanto a simplificar coisas complicadas, quinem descrever a nós mesmos)!

    No mais é isso ai Gusti! Aproveite bem os Bálcãs!

    Aquele abraço!

    • Gusti 25/08/2014 at 20:35 #

      Ei Lucas, demorei mas estou aqui! Adoro ler seus comentário e de fato fico só esperando você comentar quando eu aperto o botão de publicar. Vou aprendendo com você também! Fico feliz em saber que você descobriu o poder do “olhar” e da nossa atitude… Eu precisei viajar bastante para aprender essas coisas!

      Um forte abraço!

  9. Amanda Alves Prazeres 22/07/2014 at 09:09 #

    Gusti, cheguei a uma conclusão: Você é o Jack Kerouac dos tempos modernos!!! hahaha
    Acho que você viveu o sonho de todas as pessoas que tem a “vagamundagem” no coração..
    Confesso que nunca pensei em pilotar (só quando entrava na cabine de comando), mas depois de conhecer sua história, to pensando seriamente na ideia… haha
    Tentei descobrir o que aconteceu com o Cessninha aqui, mas não achei o texto! Que guerreiro esse, hein?!
    E ainda tem gente que chama de “teco-teco”! Pffff..
    Legal demais esse texto…
    E essa saudade… ah, a saudade! A vontade de ter alguém que a gente ame por perto pra compartilhar certos momentos é muito grande!
    Outra coisa difícil também é o fato de voltarmos diferentes e as pessoas continuarem as mesmas.
    Parece bobo, mas demorei pra entender que as pessoas não tinham vivido o que eu vivi e nem sempre me recebiam da maneira que eu esperava..
    Mas o bichinho pra viajar de novo sempre volta a incomodar.
    Obrigada pela resposta! Confesso que também sou negligente em conhecer meu próprio estado. Conheço alguns lugares, mas muito pouco perto do que nossas Minas oferecem. Sempre reconhecia Minas quando sobrevoava o estado justamente pelas montanhas, esse “mar de Minas” tão maravilhoso.
    Espero que você faça uma excelente viagem pros Balcãs e que traga muitas novas histórias (e pessoas, e gostos, e marcas, e sentimentos)! Ainda quero ir pra lá por causa dessa grande amiga macedônia que te falei. Me apaixonei pela região por causa dela e não vejo a hora de ir também!
    Até breve, Gusti!
    PS: Aguardo a chance de um “cafezim”.

    • Gusti 22/07/2014 at 10:13 #

      Olá Amanda!

      Você acredita que até hoje não li Jack Kerouac?! Muita gente me fala dele e ele continua na minha lista de livros a ler! Sim sei bem como é a gente perceber como a gente muda quando voltamos e está tudo da mesma forma… Eu já conheço algumas cidades na Macedônia e gostei muito. Tem um lago Ohid que gostei muito lá, e Veliko Ternovo é uma cidadezinha apaixonante!
      Ah desculpa, a história do cessninha do Canadá ao Brasil ainda está mal contada, quero dizer, tem muita coisa pra contar ainda, mas na verdade a ideia é escrever um livro sobre a aventura – aguarde! 🙂 Mas ainda vou terminar de escrever como foi voar do Macapá pra BH e depois pra Brasília aqui… Tem muita coisa legal!
      Um abraço!

      ps. Ainda tomaremos nosso cafezim!

  10. Patricia (Patty/Patinha) 22/07/2014 at 02:33 #

    Nossa, Gust… eu sempre leio seus posts no blog, e os acho incríveis! Por cansaço, falta de tempo ou desanimo acabo nunca comentando, mas este post eu tive que comentar! Acabou de fazer 5 meses que estou na Coréia do Sul, e a tem horas saudade aperta e não tem jeito, só skype, fotos, músicas e pensamento pra salvar.

    Eu concordo totalmente com a afirmação da Gloria Maria, de que você não volta a mesma pessoa. Não quer dizer voltar melhor ou pior, mas com certeza diferente. Eu já sinto isso, acho que comecei a sentir isso no primeiro mês que fiquei longe de casa. É como se a vida mudasse de foco, você enxerga tudo diferente. Você nunca mais volta a ser a mesma pessoa… passa a observar a vida e observar detalhes que antes estavam “invisíveis” aos nossos olhos. Tenho certeza de que quando eu voltar para casa vou ver tudo de outra forma, mas antes de voltar, tenho muito o que descobrir por aqui, ouvir histórias, ver novos lugares e experimentar a vida como os coreanos vivem.

    Também gosto de acreditar no bem das pessoas, apesar de muitas demonstrarem certa falta de coração. Desde que você tenha o bem dentro de você, tenha certeza que esse “bem” é contagioso, e de que você ainda vai passar ele para muita gente e muitos povos ao redor do globo. Sucesso pelas suas andanças e voanças!!

    Saudades demais!

    P.s. Ta na hora de você vir pra Coréia, hein?!!

    • Gusti 22/07/2014 at 02:48 #

      Poxa Paty, que bacana o seu depoimento! Queria mesmo ouvir o que você tinha pra dizer! Aproveite bem a Coreia do Sul! (Deve ser dificil lidar com as hierarquias de tratamento aí, né? Um beijo! 🙂

      • Patty 02/08/2014 at 05:08 #

        Obrigada! Vou fazer o possível pra aproveitar o máximo! (Considerando a rotina pesada de estudos daqui! hehe)
        As hierarquias até que está tranquilo, pelo menos na universidade já que nos comunicamos em inglês e tem muito aluno internacional, então se fizermos alguma coisa “errada” eles perdoam. 😀

        • Gusti 25/08/2014 at 20:21 #

          Ainda bem né! 😉 Aproveite bastante!
          Beijos!

  11. juliana 22/07/2014 at 00:48 #

    Resolvi compartilhar esse texto no meu facebook por vários motivos: o Gusti Junqueira escreve bem demais, amo o blog dele, moro na Asia e sim, me sinto outra pessoa desde que vim morar aqui.
    Mas o maior motivo foi pq estava sozinha num onibus q vai expresso (sem paradas), ate o etoque da empresa q eu trabalho.., e estava pensando justamente no que ele escreveu: como que depois de um tempo a gente pode ver a nossa cidade natal com olhos tão diferentes? Ver o ser humano de forma diferente?
    E como q apesar das lindas paisagens que vi nesse final de semana, o que eu mais queria ver era a barrigona de grávida da minha irmã Lu ao vivo….
    Viver longe é ótimo. Não troco por nada. Mas tem dias que é mais dificil.

    • Gusti 22/07/2014 at 01:07 #

      Muito obrigado Juliana! Como eu disse a saudade faz parte e a gente acaba aprendendo a lidar com ela! Um beijão!

  12. gleice 22/07/2014 at 00:18 #

    Viajar é sempre muito bom , tanto pra dentro como pra fora. Acredito que o mais significativo e proveitoso de qualquer viagem é estar 100% presente.Concorda Gust?

    Bjs

    • Gusti 22/07/2014 at 01:08 #

      Sim!, aproveitar cada segundo, estar no presente e saber enxergar as coisas boas da vida!

      Beijão! 🙂

  13. Zig 21/07/2014 at 23:48 #

    Ei Gu! Posso dizer que quase todas viagens que eu fiz voltei diferente, as que eu era mais criança, na verdade, eu não lembro. Fui a Brasília no último final de semana e tive uma surpresa! Não imaginava que era uma cidade tão bem estruturada e com muita coisa a se conhecer. E o que eu menos esperava, que fosse possível ter qualidade de vida ali. Mas o que me fez ter dois dias tão bons naquele local? A companhia! Minha prima e seu noivo fizeram um tour comigo e com o Saulo (noivo) de uma forma tão entusiasmada que tive uma visão de uma cidade cativante. O resultado foi a vontade de não queria ir embora e planejo voltar. O que quero dizer com isso é que se você está disposto a conhecer e usufruir do que sua viagem pode oferecer a chance de aprender algo novo e voltar diferente é enorme. Em viagens longas é possível interagir mais com o local destino, mas as curtas também têm seu valor. Viajar é renovar!

    • Gusti 22/07/2014 at 01:10 #

      Zigui, que bacana saber da sua viagem pra Brasília! Também me surpreendi! 🙂 Valeu pela sua opinião! Beijos!

  14. Mateus 21/07/2014 at 23:41 #

    muito sucesso jovem! parabéns, pelo aniversário e pelo blog! o reconhecimento não é atoa! abraço!

    • Gusti 22/07/2014 at 01:10 #

      Valeu Mateus! Vi que vc compartilhou o blog com seus amigos, isso me ajuda muito! Muito obrigado, abraço!

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